Foto: Pedro Caetano/UARA |
A entrada pelo umbigo da cultura digital, quando ela tem a coragem de olhar pra dentro e refletir, se deu durante três dias no Fórum da Cultura Digital Brasileira, ocupando os amplos espaços da Cinemateca Brasileira.
A proposta de reunir apresentação de experiências, debates conceituais, políticas públicas e a turma da 'mão na massa', uma característica do movimento software livre em seus encontros, mostrou-se produtivo - mesmo que a quantidade de atividades randomiza o sujeito até a raiz dos cabelos!
Mas difícil não querer conhecer projetos e saber de experimentos como o webdocumentário, o medialab budapest kitchen, o inovador cap-digital e mesmo perceber que objetos preciosos para gerações pré-nativos digitais, como o livro, ainda têm muito pra contribuir à humanidade (ufa!) diante da inquietante avalanche do 'tudo-agora digital'.
Da mesma forma, os olhos estavam postos na política, no período de transição nos legislativos e executivos nacionais, e que precisa ser acompanhado de perto pela sociedade afim de garantir o aperfeiçoamento dos princípios de uma política de cultura digital erigida a várias mãos no últimos seis anos. Também esteve claro que a batalha pela liberdade na internet continua ininterrupta, tendo sido tema de contínuas discussões no #forum2010 e que vai se desdobrando na web.
Foto: Andre Motta/UARA |
Com todas as atividades programadas durante o #culturadigitalbr deste ano, sinto que fica latente a importância dos encontros presenciais para quem está conectado a maior parte do tempo trafegando pelas vias digitais.
Com tanta gente reunida, a 'desprogramação' acaba sempre rendendo não só a troca de ideias, a colaboração em novos projetos ou a chance de se fazer algo novo em uma oficina.
Propõe sim a humanização da tecnologia pela diversidade cultural que ali se encontra representada por cada um e que vai transformando o termo cultura digital num dos mais complexos hiperlinks do Brasil contemporâneo.
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