A fita vermelha se espraia pelo chão, sobe paredes e, arbórea, se revela diante dos olhos de quem vê um monumento. Das paredes recortadas pelas molduras descolam-se papéis costurados de desejos por agulhas, linhas e círculos que, sem atrito, suportam-se mutuamente e caminham pela intimidade de alma revolta.
São impressos indeléveis deixadas pela recente visita à exposição ‘tecelã’, primeira individual de Cristina Carvalho (João Pessoa, 1978), no Casarão 34 – até 29 de maio último.
A jovem artista mostra que ainda se pode dizer muito com a (re)construção de mundos pelos fios de algodão multicolor. Maria Botelho, no programa da exposição, bem define: “Com linhas de costura e fitas de cetim, [a artista] cria uma matéria orgânica, desenhos barrocos que ora em forma de florais, ora na configuração de mandalas, nos remetem a sensação de descoberta/busca de uma sensualidade e espiritualidade”.
Essa sensualidade está submersa na gentileza das formas e a espiritualidade emana do todo que se revelou sob a capa protetora da sua árvore de caules rubros.
Quem não viu ‘tecelã’ pode espreitar uma outra proposta de Cristina Carvalho para a união entre o pano e a linha; o verbo que se esconde no objeto, mas quer deixar-se ver; a verdade herdada e a vontade intransigente do novo, na coletiva ‘laboratório 2006’, reunindo artistas que rasgam a aura das coisas e projetam-nas para fora do cubo branco institucionalizado. [Em cartaz desde dia 1º de junho na Galeria Archidy Picado – Espaço Cultural]
São impressos indeléveis deixadas pela recente visita à exposição ‘tecelã’, primeira individual de Cristina Carvalho (João Pessoa, 1978), no Casarão 34 – até 29 de maio último.
A jovem artista mostra que ainda se pode dizer muito com a (re)construção de mundos pelos fios de algodão multicolor. Maria Botelho, no programa da exposição, bem define: “Com linhas de costura e fitas de cetim, [a artista] cria uma matéria orgânica, desenhos barrocos que ora em forma de florais, ora na configuração de mandalas, nos remetem a sensação de descoberta/busca de uma sensualidade e espiritualidade”.
Essa sensualidade está submersa na gentileza das formas e a espiritualidade emana do todo que se revelou sob a capa protetora da sua árvore de caules rubros.
Quem não viu ‘tecelã’ pode espreitar uma outra proposta de Cristina Carvalho para a união entre o pano e a linha; o verbo que se esconde no objeto, mas quer deixar-se ver; a verdade herdada e a vontade intransigente do novo, na coletiva ‘laboratório 2006’, reunindo artistas que rasgam a aura das coisas e projetam-nas para fora do cubo branco institucionalizado. [Em cartaz desde dia 1º de junho na Galeria Archidy Picado – Espaço Cultural]
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